sexta-feira, dezembro 28, 2007

CONTO DO MÊS

Um dia, quando um homem chegou tarde a casa, cansado e irritado após um dia de trabalho, encontrou, esperando por si à porta, o seu filho de 5 anos.
«Papá, posso fazer-te uma pergunta?»,«Claro que sim. O que é?». «Quanto ganhas numa hora?»
«Isso não é da tua conta. Porque me perguntas isso?! - respondeu o homem, zangado.». «Só para saber. Por favor... diz lá... quanto ganhas numa hora?» – perguntou novamente o miúdo.«Bom... já que queres tanto saber, ganho 10 euros por hora.» «Oh!» - suspirou o rapazinho, baixando a cabeça. Passado um pouco, olhando para cima, perguntou: «Papá, emprestas-me 5 euros?» O pai, furioso, respondeu: «Se a razão de tu me teres perguntado isso, foi para me pedires dinheiro para brinquedos caros ou outro disparate qualquer, a resposta é não! E, de castigo, vais já para a cama. Vai pensar no menino egoísta que estás a ser. A minha vida de trabalho é dura demais para eu perder tempo com os teus caprichos! O rapazinho, cabisbaixo, dirigiu-se silenciosamente para o seu quarto e fechou a porta. Sentado na sala, o homem ficou a meditar sobre o comportamento do filho e ainda se irritou mais. Como se atrevia ele a fazer-lhe perguntas daquelas? Como é que, ainda tão novo, já se preocupava em arranjar dinheiro? Passada mais ou menos uma hora, já mais calmo, o homem começou a ficar com remorsos da sua reacção. Talvez o filho precisasse mesmo de comprar qualquer coisa com os 5 euros. Afinal, nem era costume o miúdo pedir-lhe dinheiro. Dirigiu-se ao quarto do filho e abriu devagarinho a porta.
Já estas a dormir? Perguntou. «Não, papá, ainda estou acordado» - respondeu o miúdo. «Estive a pensar... Talvez tenha sido severo demais contigo» - disse o pai. «Tive um longo e exaustivo dia e acabei por desabafar contigo. Toma lá os 5 euros que me pediste».
O rapazinho endireitou-se imediatamente na cama, sorrindo: «Oh, papá! Obrigado!».E levantando a almofada, pegou num frasco cheio de moedas. O pai, vendo que o rapaz afinal tinha dinheiro, começou novamente a ficar zangado. O filho começou lentamente a contar o dinheiro, até que olhou para o pai. «Para que queres mais dinheiro se já tens aí esse?» - resmungou o pai.
«Porque não tinha o suficiente. Agora já tenho!» - respondeu o miúdo. «Papá, agora já tenho 10 euros! Já posso comprar uma hora do teu tempo, não posso? Por favor, vem uma hora mais cedo amanhã. Gostava tanto de jantar contigo...



“As árvores conhecem-se pelos seus frutos”
Se há coisa que sempre nos garantirá o céu, são os actos de caridade e de generosidade com que tivermos preenchido a nossa existência. Saberemos jamais o bem que pode fazer um simples sorriso? Proclamamos que Deus acolhe, compreende, perdoa. Mas somos a prova viva disso que proclamamos? Os outros detectam em nós esse acolhimento, essa compreensão e esse perdão, vivos? Sejamos sinceros nas nossas relações uns com os outros; tenhamos a coragem de nos aceitar uns aos outros tal como somos. Não nos deixemos espantar nem preocupar com os nossos fracassos nem com os fracassos dos outros; antes, vejamos o bem que há em cada um de nós; descubramo-lo, porque todos nós fomos criados à imagem de Deus.
Não esqueçamos que ainda não somos santos, mas que nos esforçamos por sê-lo. Sejamos, pois, extremamente pacientes com os nossos pecados e com as nossas quedas. Não te sirva a língua senão para o bem dos outros, “porque a boca fala da abundância do coração”. Temos de ter alguma coisa no coração para podermos dar; aqueles cuja missão é dar têm primeiro de crescer no conhecimento de Deus.
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade

COMUNIDADE

No passado dia 9 de Dezembro deram-se por terminadas as Comemorações dos 250 anos da reconstrução da nossa Igreja, com a participação muito especial de 3 padres que passaram pela nossa paróquia, o Pe Naia, o Pe Abílio de Matos e o Pe Mota. Foi uma cerimónia de recordações do passado, seguida de um alegre convívio no Salão Paroquial. Deste ano de comemorações recordamos, logo na passagem de ano as 250 badaladas tocadas no sino da torre da Igreja, concerto de música sacra, Peregrinação Paroquial a Fátrima, missa e colocação de pedra, presidida pelo Sr. Cardeal Patriarca, o lançamento do livro “Salir D’Outrora”, do Dr Carlos Marques, a exposição de Arte Sacra da nossa Paróquia, a representação da Via-Sacra e do Terço Vivo, o Festival de Memórias e a Missa de encerramento com a presença dos padres que por cá passaram. Foi um ano em cheio, onde mais uma vez os paroquianos mostraram a sua enorme capacidade de união na realização de grandes feitos.
Concerteza que o término das Comemorações não significará a estagnação de actividades paroquiais.
Estela Costa


Quer na nossa vida particular e familiar, quer na vida das comunidades a que pertencemos, que têm para nós um particular sentido e que marcam a nossa existência privada ou social.
Estamos a terminar um ano que, para nós, comunidade de Salir de Matos, teve um especial sentido e que, segundo creio, veio dar um novo alento ao nosso viver em comunidade cristã. Mesmo as pessoas que não praticam a sua Fé, viveram alguns desses momentos. Como certamente já entendemos, estou a falar-vos da celebração dos 250 anos da restauração da nossa Igreja. Nem todos tivemos a mesma vivência desta realidade, mas creio que todos sentimos nesta freguesia, que temos um passado, que descobrimos ser muito mais rico do que ousávamos imaginar. Nesta freguesia já viveram antes de nós muitas e muitas gerações de antepassados.
Se pudessem vir novamente a este mundo o que diriam de nós? Soubemos guardar os valores materiais e sobretudo espirituais que nos legaram? Somos dignos do esforço que eles, durante séculos nos deixaram?
Creio que todos estamos de acordo, que os tempos de hoje, pouco têm a ver com os séculos passados: temos uma nova maneira de encarar a vida, a cultura, numa palavra, a vida. Não seríamos dignos deles se teimosamente quiséssemos manter as coisas e valores inalterados: o tempo vai moldando para bem ou para mal, o decurso dos anos e dos séculos. Querermos viver agarrados a tradições de outrora, seria estarmos a desperdiçar o nosso tempo. Nem vale a pena (coisa que por vezes nós mais velhos fazemos ...) dizer que quando éramos crianças, uma sardinha tinha que chegar para dois ou três... Seria muito mau querermos viver na fome ou na ignorância, como se essas tristes realidades, resolvam alguma coisa.
Mas todos devemos concordar que há valores que são de todos os tempos e lugares, sob pena de perdermos a nossa identidade como seres humanos e cristãos. A honestidade, a honradez, o amor à verdade, etc., são nosso mundo ocidental, de tal modo marcado pelos valores cristãos, que mesmo as pessoas não praticantes, agnósticas ou ateias, não se podem eximir ao seu cumprimento.
Nunca os homens foram tão instruídos como agora, todas as crianças sabem ler e escrever, os seus direitos são respeitados (ou deviam ser...) Com verdade podemos dizer que somos mais felizes do que aqueles que trabalhavam de sol a sol, que tinham uma esperança de vida muito inferior à nossa? Deste ano gostavam que, entre outros propósitos, ficasse a certeza de que estas comemorações deixassem em nós um maior sentido da responsabilidade a fim de legarmos aos nossos sucessores um mundo mais fraterno, mais humano, mais cristãos. Assim valeu a pena comemorar e tornar presentes os 250 anos de Salir de Matos.
Pe Eduardo Gonçalves














FESTA DE SANTO ANTÃO
Calendário das actividades:

- Corte das carnes: 2 de Janeiro
- Enchimento dos chouriços, dia 5 de
Janeiro.

Festa 12 e 13 de Janeiro

Programa:
Sábado, dia 12

16h - Abertura do arraial
À noite, Baile com OS LORD’S

Domingo, dia 13

11.30h – Missa de Festa, seguida de procissão, seguida da actuação da Banda Filarmónica Comércio e Indústria de Caldas da Rainha.

Durante a tarde:
Actuação do Grupo de Cantares da casa de Pessoal do C.H.C.R.

Festival de Acordeão com a presença de 6 acordeonistas).

À noite, Baile com os LORD’S.

Spot Juvenil

2008 – ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA

Já que 2008 é considerado o Ano Internacional do Planeta Terra, decidimos este mês dedicar parte do nosso espaço a este maravilhoso planeta.
A Terra é o terceiro planeta a contar do sol. É o maior dos quatro planetas telúricos e possui características que a tornam diferente de qualquer outro planeta: a existência de água e de uma atmosfera propícia à existência de vida. Ao contrário do que muitos pensam, a Terra não é redonda! Os seus pólos são ligeiramente achatados, devido ao efeito das forças rotacionais.
Dado que é nela que vivemos, devemos-lhe bastante respeito. Ultimamente, todos nós temos contribuído para o agravamento das suas condições, devido aos diversos tipos de poluição, que desencadeiam vários processos que alteram o seu equilíbrio natural, como por exemplo, o efeito de estufa.

ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE A TERRA:

Raio Orbital (em relação ao sol): 149 597 870 Km
Velocidade orbital média: 29,8 km/s
Diâmetro: 12 760 Km
Área: 5,10072×108 km²
Massa: 5,9742×1024 kg

Dicas para minimizar o aquecimento global:
• Substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas de baixo consumo.
• Isolar bem a casa (portas e janelas, vidros duplos, etc…).
• Utilizar os transportes públicos, usar menos o carro.
• Não deixar aparelhos em stand-by, mas sim desligá-los.
• Separar e reciclar o mais possível.
• Não abrir o frigorífico durante muito tempo; descongelar o congelador de vez em quando, pois quando tem gelo acumulado gasta mais.


DISTRIBUIÇÃO DE BRINQUEDOS
Infelizmente, como na maioria dos lugares do mundo, moram também na nossa freguesia pessoas com certas dificuldades, nomeadamente económico-sociais.

O grupo da catequese, com a ajuda do grupo de jovens, da junta de freguesia e com o apoio do Jardim Infantil de Salir de Matos (Um obrigado à Clara pelo transporte!) decidiu espalhar um pouco de felicidade pela nossa freguesia, decidindo recolher brinquedos usados e, após a recolha, distribuí-los, no dia 22, pelas crianças mais necessitadas.
As famílias destas crianças passam por diversas dificuldades e nem sempre conseguem dar aos seus membros mais novos aquilo que eles realmente querem ou desejariam ter. Embora saibamos que o que entregámos poderá não ter sido o brinquedo idealizado por cada criança, sabemos que tornámos este dia especial para ela e só isso nos deixou bastante felizes.
Esperamos que surjam mais iniciativas idênticas a esta, já que são uma boa forma de ajudar o próximo a sentir-se um pouco melhor!


A Equipa do ‘Spot Juvenil’ deseja a todos os leitores um óptimo 2008!

Cantinho da Catequese

A Catequese recomeça após a Festa de Santo Antão.



A catequese tem vindo a participar cada vez mais, de forma activa na nossa Paróquia, "assinalando a presença" das crianças e adolescentes nas celebrações eucarísticas, com cânticos, gestos, poemas, teatros, para além das diversas actividades que fazemos.
Este ano para assinalar o fim deste período, quisemos deixar uma mensagem de Natal a toda a comunidade, de uma forma dinâmica e apelativa, mostrando também como vivem as crianças de todo o mundo. Resumidamente, a mensagem que transmitimos foi para Jesus, não nascer na:
Europa porque estaria só e a ver TV; educar-lhe-iam para ser um homem de poder;
América porque ensinar-lhe-iam a ser superior aos outros, que tempo é dinheiro;
Africa porque nasceria infectado com a Sida, morreria de diarreia, ou acabaria como refugiado;
Ásia porque o poriam a trabalhar 24H por dia, a fazer produtos para as crianças de outros continentes usufruírem;
Oceania teria poucos meios de subsistência, doenças e educar-lhe- iam sobre um regime de opressão e terror;
Mas nascer, sim, no coração de cada um de nós, sejam ricos ou pobres, para que todos renasçam e se tornem construtores da justiça e fraternidade. É com este desejo e esperança de transformar o mundo para melhor que todos os catequistas desejam um Ano de 2008 repleto de Amor, Saúde, Paz e Alegria.
Pela Catequese
Sandra Sábio





"O 6ºVolume de Catequese espera que todas as pessoas passem o Natal junto das pessoas que amam, mas que também se lembrem daqueles que não têm família e que vivem na solidão.
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO"




A missão dos catequistas na comunidade cristã

Ajudar na educação da fé
Dentre essas pessoas que actuam na comunidade, merece um destaque especial a figura do catequista, que tem como missão ajudar na educação da fé das crianças e adolescentes.
A catequese faz a ligação da fé à vida e, para que isso aconteça, o catequista deve sempre lembrar aos catequizandos a maneira como Deus se revelou a seu povo.
A catequese deve proporcionar uma análise, à luz da Palavra de Deus, dos acontecimentos e das situações que vivemos no quotidiano de nossas vidas. Com isso, permitem às crianças e adolescentes cultivarem um senso crítico da realidade para melhor amar a Jesus.
Essa missão não é fácil, principalmente quando olhamos a nossa volta e percebemos muitas coisas que tendem a tirar as crianças e os adolescentes do caminho de Deus. Os meios de comunicação, por exemplo, exercem um fascínio muito grande na vida desses pequenos e das suas famílias, que muito do que se ensina na catequese acaba sendo absorvido por falsos valores que os media vendem constantemente.

Desafios
Muitos são os desafios, mas os catequistas não devem temê-los, antes acreditar na graça de Deus, que lhes impulsiona a colaborar na evangelização. Servem-lhes, como sinal de esperança, as palavras do profeta: "Os que ensinam a muitos a justiça, brilharão para sempre como estrelas" (Dn 12,3).
Para que o catequista possa cumprir bem sua vocação missionária, duas dicas são importantes:

1) o cultivo da oração pessoal e comunitária, como forma de alimentar a mística e a vocação que abraça;
2) a preocupação com a sua formação, buscando um melhor aprimoramento, através de leituras de livros e revistas que tratem de assuntos variados de nosso quotidiano.
Além, é claro, de um estudo bíblico contínuo para entender a história da salvação e, com isso, mostrar a seus catequizandos a face amorosa de Deus.
Tudo isso poderá ser ampliado, se o grupo de catequistas da comunidade cultivar o hábito de reuniões que possibilitem a partilha das dificuldades, das conquistas e, principalmente, da alegria de poder servir à obra da evangelização.

Liturgia

Ano A
1 de Janeiro – Santa Maria Mãe de Deus
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas

Naquele tempo, os pastores dirigiam-se à pressa para Belém e encontraram Maria e José, e o Menino deitado na mangedoira. Assim que O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviram se admiraram com aquilo que os pastores lhes disseram. Maria fixava todas estas palavras e pensava nelas no íntimo do coração. Então, os pastores regressaram e davam glória e louvores a Deus, por tudo o que tinham visto e escutado, conforme o que lhes haviam dito. Quando chegaram os oito dias de o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo antes se ter sido concebido.
Palavra da Salvação.

6 de Janeiro – Epifania do Senhor
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus

Tinha Jesus Nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando apareceram em Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. Perguntaram eles: «Onde está o Rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a Sua estrela no Oriente e viemos para nos prostrarmos diante d’Ele». O rei Herodes ouviu e ficou perturbado, e, com ele, toda a cidade de Jerusalém. Reuniu todos os sumos sacerdotes e escribas do povo e informou-se junto deles onde havia de nascer o Messias. Eles disseram-lhe: «Em Belém da Judeia, que assim está escrito pela mão do profeta: ‘E tu, Belém, terra de Judá, nem por sombras és a mais modesta entre as cidades principais de Judá, pois de ti sairá um chefe, que será pastor de Israel, Meu Povo.’» Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre tempo em que aparecera a estrela. Depois, enviou-os a Belém e disse-lhes: «Ide obter informações precisas do Menino. E avisai-me, quando O encontrardes, para eu ir também prostrar-me diante d’Ele». Ouvido o rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à frente deles e foi deter-se por cima do lugar onde estava o Menino. Ao verem a estrela, sentiram enorme alegria. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, Sua Mãe, e, caindo de joelhos, prostraram-se diante d’Ele. Depois abriram os seus tesoiros e ofereceram-Lhe presentes; oiro, incenso e mirra. E, avisados em um sonho, de que não voltassem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.
Palavra da salvação


13 de Janeiro – I Domingo do Tempo Comum
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus

Naquele tempo, Jesus chegou da Galileia e veio ter com João Baptista ao Jordão, para ser baptizado por Ele. Mas João opunha-se e dizia: «eu preciso de ser baptizado por Ti, e és Tu que vens ter comigo?» Jesus respondeu-lhe: «deixa por agora, que assim nos convém cumprir tudo o que deve ser feito». João deixou então que Ele viesse. E Jesus, depois de baptizado, logo subiu da água. Nisto, os céus abriram-se, e Jesus viu o Espírito de Deus, que descia como uma pomba e vinha sobre Ele. E dos céus uma voz dizia: «Este é o meu filho muito amado: n’Ele pus o meu enlevo».
Palavra da salvação.

20 de Janeiro – II Domingo do Tempo Comum
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João

Naquele tempo, João Baptista viu Jesus, que lhe vinha ao encontro, e exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Era d’Este que eu dizia: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque era antes de mim.’ E eu não O conhecia, mas para Ele Se manifestar a Israel é que eu vim baptizar com água.» João deu mais este testemunho: «Eu vi o Espírito Santo a descer do Céu como uma pomba e permanecer sobre Ele. E eu não O conhecia, mas quem me enviou a baptizar com água é que me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito Santo descer e permanecer é que baptiza no Espírito Santo.’ Ora eu vi, e atesto que Ele é o Filho de Deus.»
Palavra da Salvação.

27 de Janeiro – III Domingo do Tempo Comum
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus

Naquele tempo, Jesus ouviu dizer que João Baptista havia sido entregue à prisão e retirou-Se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi instalar-Se em Cafarnaum, terra à beira mar, no território de Zabulão e Neftali. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Terra de Zabulão e terra de Neftali, estrada do Mar, Além-Jordão, Galileia dos Gentios: O povo que vivia nas trevas avistou uma grande luz, e para aqueles que estavam na sombria região da morte uma luz se levantou.» A partir de então, Jesus começou a pregar e a dizer: «Arrependei-vos, pois o Reino de Deus está próximo.» Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão que é chamado Pedro, e seu irmão André, os quais lançavam ao mar uma rede, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens.» Eles deixaram logo as redes e seguiram-No. Ao prosseguir dali, viu dois outros irmãos, Tiago filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia do pai, Zebedeu, a consertar as suas redes. E chamou-os. Eles deixaram logo o barco e o pai e seguiram-No. Depois, começou a percorrer toda a Galileia: ensinava nas sinagogas daquela gente, proclamava a Boa Nova do Reino e curava todas as doenças e todos os padecimentos, entre o povo.
Palavra da Salvação.

sexta-feira, novembro 30, 2007

EDIÇÃO DE DEZEMBRO

MAFALDA By Quino

EDITORIAL por João Isabel

Ao ser de certa forma “obrigado” a escrever o editorial para este número do Dia do Senhor que pressupõe uma reflexão sobre o Advento, espaço de tempo litúrgico que, como todos nós sabemos, antecede o Natal.
Foi para mim reconfortante a ideia de recorrer a números antigos deste nosso Jornal para, de certa forma, dar continuidade a reflexões anteriores de vários elementos que participam neste jornal, e ver que com o passar do tempo continua a ser cada vez mais importante o aprofundamento não só da razão de ser de cada um dos espaços litúrgicos que vivemos na nossa Igreja, mas como cada um desses espaços nos integra e interpela na nossa vivência constante do dia-a-dia na sociedade em que estamos inseridos: O Advento não é a espera do novo salvador, o Advento é a certeza de que Cristo está em nós.
Como actos litúrgicos, vivenciamos e celebramos estas etapas com o sentido de comunhão inerente. Mas como cristãos, temos que sentir estes tempos como espaço de afirmação, de sentir que realmente Cristo está em nós e que nós temos que agir com e como Cristo e não passar o tempo à espera!

CONTO DO MÊS

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaciada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam da sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. - "Precisamos tomar uma providência com respeito ao pai", disse o filho.
- "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão." Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.
O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:
"O que você está fazendo?"
O menino respondeu docemente:
- "Ah, estou fazendo uma tigela para você e a mãe comerem, quando eu crescer."
O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

COMUNIDADE

Festival de memórias. Como foi.

Acompanhando os eventos que se integram nas celebrações dos 250 anos sobre a reconstrução da Igreja, o jornal paroquial esteve presente no ensaio geral do Festival das Memórias. Neste ensaio, que antecedia a realização do espectáculo no dia 17 de Novembro, o jornal aproveitou a presença dos intervenientes para ficar a conhecer as suas expectativas para o espectáculo e as suas lembranças.


(Entrevista a Carla Denise, participante no Festival das Memórias)

Dia do Senhor – Carla, há 19 anos atrás participou pela primeira vez no Festival do Meio ambiente. Como é que surgiu esse Festival e a sua participação?

Carla Denise – Não sei bem… Na altura havia um grupo de jovens de que eu também fazia parte e esta ideia, penso que veio do Carlos Rocha… Penso eu que tudo isto tinha a ver com o Carlos e com a brilhante ideia de fazer canções para chamar a atenção sobre o Meio Ambiente, para as pessoas terem cuidado. E foi assim… Cada um de nós… Quer dizer, deveríamos ter sido nós a escrever as nossas músicas, mas não aconteceu bem isso, o Carlos deu uma mãozinha a todas ou quase todas as canções. Eu tenho a ideia de que a maioria das canções foi feita pelo Carlos. Mas não era isso que era suposto, era suposto termos sido nós a fazer a letra.

Dia do Senhor – E a primeira participação correu bem? Gostou?

Carla Denise – Não correu muito bem porque eu não sei cantar, nem há 19 anos atrás nem hoje. (risos) Continuo sem saber cantar, mas foi engraçado.

Dia do Senhor – E cantou sozinha ou foi acompanhada?

Carla Denise – Fui sozinha.

Dia do Senhor – Também foi preciso coragem para ir cantar sozinha há 19 anos atrás.

Carla Denise – Foi engraçado. Naquela altura... Quer dizer, eu penso que naquela altura foi mais a sério. Hoje é que eu levo mesmo para a brincadeira porque se eu não sabia cantar há 19 anos atrás, continuo sem saber…Por isso, hoje é que é mais para a brincadeira. Há 19 anos atrás foi um bocadinho mais stressante. E foi uma participação diferente, mais caprichada… E muito mais stress, muito mais stress. Eu lembro-me que estava muito nervosa. Hoje não, hoje levo muito mais para a brincadeira sem dúvida alguma.

Dia do Senhor – E quando surgiu esta ideia de fazer o Festival das Memórias e de recuperar as canções e os intérpretes do Festival do Meio Ambiente? Ficou também nervosa ou aceitou logo? Achou boa ideia?

Carla Denise – Não hesitei, por acaso não, não hesitei. Claro que perguntei “Não é para votação, pois não? Não é um concurso, pois não?” senão eu não me atrevia. Mas claro que no espírito de brincadeira do Festival, aceitei logo.

Dia do Senhor – E vai cantar com a sua filha, a Cheila. Como é que isso se proporcionou?

Carla Denise – A Cheila disse “Eu vou e canto contigo” e assim surgiu e ideia. E por que não? Achámos engraçado a Cheila cantar também. O Carlos e o resto do pessoal também não se opôs e achou giro a Cheila ir cantar e agora vamos cantar as duas.

Dia do Senhor – Muito bem. Muito obrigada pela sua disponibilidade e espero que a sua actuação amanhã corra bem e que todos gostemos deste Festival das Memórias.

Carla Denise – Esperemos que sim. Eu espero que sim. Pelo menos vai ser bom para recordar e recordar é viver.


Entrevista a João Isabel (participante no júri do Festival e impulsionador do Festival do Meio Ambiente na sua primeira edição.)


Dia do Senhor – Boa noite, João. Gostaria que me falasse um pouco da história do Festival do Meio Ambiente. Qual foi a sua origem? Como é que foi levado a cabo? Portanto, no fundo, como foi o início deste Festival que agora recuperamos neste Festival das Memórias?

João Isabel – Ora bem, o Festival digamos que foi o culminar de um trabalho levado a cabo por um grupo de jovens de Acção Católica, um grupo de base que trabalhava na paróquia de Salir de Matos que, despertando para alguns problemas do Ambiente, já na altura, e isto já lá vão 19 anos, decidiu programar e levar a cabo uma actividade que era a semana do Ambiente. Nessa semana houve uma exposição fotográfica fruto da recolha de imagens que mostravam alguma da poluição que se fazia na nossa terra. Para além disso, tivemos também debates sobre a questão concreta do Meio Ambiente. Fizemos projecções de filmes que versavam a mesma questão.
Posso dizer que, de certa forma, como todos os temas que foram escritos se enquadraram tão bem na questão do Meio Ambiente e na questão da preocupação que alguns destes jovens, que hoje mais velhos nós vamos ver cantar aqui amanhã, serve para mostrar como esses jovens, alguns deles até crianças, já se preocupavam com estas questões.
Desta forma, o festival foi o culminar dessa semana e teve um grande impacto porque como era um festival que unia e que trazia aquelas crianças e jovens para cantar, trouxe também todas as famílias dos participantes. Algumas destas famílias normalmente não se juntavam a nível de trabalho de freguesia e que nesta actividade todas se juntaram. Muita gente se juntou e se uniu nesta preocupação do Meio Ambiente que ainda hoje é latente e que poderíamos aprofundar noutras conversas.

Dia do Senhor – E qual é a sua opinião sobre a recuperação desse Festival para o Festival das Memórias, visto que esse evento foi também um marco de há 19 anos atrás? Pensa que é positivo?

João Isabel – Penso que não é só uma recordação por saudosismo. Penso que é um trabalho que está a ser feito e que se integra na comemoração da reconstrução da nossa Igreja paroquial e conciliar a recuperação do Festival do Meio Ambiente com as canções que por parte de Salir de Matos participaram nos Festjovem que foram decorrendo na Vigararia de Caldas-Óbidos durante vários anos é muito positivo. O festival foi um marco porque há um trabalho que foi feito e que vai sendo feito e que vai sendo continuado porque nós temos que transmitir sempre valores aos mais novos, que aprendem, e há aqueles com mais idade que nos vão deixando esta mensagem e que nos ajudam a criar, principalmente neste aspecto da música e dos festivais porque a vida é um todo e a música faz parte também da vida.
Dia do Senhor – Muito obrigada pela disponibilidade, João. Gostaria de me antecipar e questioná-lo sobre a sua participação neste festival, mas fica para outra oportunidade.

Entrevista a Anabela Sábio(Participante no Festival das Memórias)

Dia do Senhor – Anabela, a Anabela é uma participante especial neste Festival das Memórias porque a Anabela foi dupla participante, ou seja, participou no Festival do Meio Ambiente há 19 anos atrás e participou também no Festjovem, aliás, participou em vários Festjovem tendo vencido o primeiro que se realizou aqui mesmo em Cabreiros. Gostaria que me falasse um pouco da experiência desses dois festivais.
Anabela – É uma experiência muito gira porque já lá vão muitos anos e cá estamos nós novamente nestas andanças. Eu guardo na memória com alguma saudade aquele tempo porque eu caí de pára-quedas no festival, estava cá há pouco tempo… O Festival do Meio Ambiente foi pouco tempo depois de eu ter chegado da Alemanha. E de repente eu estava ali no palco, nos ensaios… (para mim, o ambiente dos ensaios e o convívio que se tem nesse tempo continua a ser o melhor da festa. O espectáculo é muito bom, mas depois acaba tudo. E foi muito giro conviver com tanta gente e com miúdos, que eram mais novos do que eu, e cada um dava o seu melhor, é lógico. E foi muito, muito giro. Depois o Festjovem, pronto, já foi outro gabarito. Foi também muito giro. È um festival que guardo na memória como o primeiro e como o melhor porque não tínhamos bases para nada. Tínhamos como referência um festival que se fazia na vigararia de Alcobaça que era também de mensagem Cristã e fomos lá um dia ver para perceber como é que eles faziam. E depois chegámos cá, fizemos cenários, fizemos tudo aqui, organizámos tudo aqui. E, pronto, foi um espectáculo. Realmente o festival que mais me fica na memória é o primeiro. Houve depois outros Festivais que organizámos porque eu não ganhei só o primeiro (risos)… Ganhei depois mais dois, participei em vários, mas pronto. E foi muito giro e cá estamos nós para continuar.

Dia do Senhor – Então este festival vem mesmo a calhar, ou seja, como recupera as canções e esses momentos. Assim, o momento de que gosta mais, o dos ensaios, repetiu-se mais uma vez. O que pensa deste Festival das Memórias, foi uma boa iniciativa? Gostou da ideia?

Anabela – Eu amei porque além de reviver o que foi o antigamente, é giro ver o pessoal que cresceu. Alguns já não estão cá porque tomaram outro rumo na vida e não estavam propriamente disponíveis para vir cantar, mas é muito giro porque passados 19 anos nós estamos todos muito diferentes… E há muita gente que vem e diz: “Ai que horror, mas eu venho cantar assim e assado…” (risos) Mais uma vez o convívio, lá está… E o reviver disto tudo… E ver a reacção das pessoas…E vai ser muito giro, eu estou muito contente, mas lá está, já estou com muita pena porque amanhã é o espectáculo e depois acaba-se tudo outra vez! Depois temos de gravar um disco!

Dia do Senhor – Anabela, não tenho mais perguntas, mas não sei se gostarias de acrescentar mais alguma coisa.

Anabela – A única coisa que eu posso dizer é que temos aí um grupo de jovens em força, e isto não é do tempo deles, infelizmente, mas era bom que eles aproveitassem. Não tinha que ser um festival, mas que fizessem coisas giras dentro do género e que tenham força e vontade porque sem vontade não se vai a lado nenhum e é pena quando isto pára.

Dia do Senhor – E o grupo de Jovens participa também neste festival que terminará com um olhar para o futuro. O grupo de jovem vem juntar-se à festa com uma actuação. Isto mostra também que o Grupo de Jovens de Salir de Matos está bem activo, aliás como tem estado ao longo de anos. Os grupos vão mudando de elementos, mas temos tido grupos bastante activos aqui em Salir de Matos.

Anabela – O mais giro é que… O grupo de jovens é constituído por alguns elementos do coro, mas que só cantam. Quer dizer, temos o Pedro que toca viola, mas não vamos mais além disso. De repente, temos o Ruben a tocar bateria, que nunca tinha tocado bateria, e passado duas horas estava a tocar bateria e estava tudo doido a olhar para ele. Temos o João Pedro que também não tocava viola e que está a tocar viola baixo. Vem a Neuza por acréscimo tocar órgão e é giro como toda a gente se empenhou… Agarraram aquilo com força e resultou. E é bom… Pessoal assim é de louvar mesmo.

Dia do Senhor – Muito obrigada, Anabela. Fica então uma mensagem de apoio e incentivo ao Grupo de Jovens.


Entrevista a José Sábio (em representação do Grupo de Jovens de Salir de Matos)

Dia do Senhor – José, convidei-te para esta entrevista porque és um dos membros e um dos fundadores do actual Grupo de Jovens de Salir de Matos e eu gostaria de saber, neste contexto do Festival das Memórias, como é que vocês se integraram no festival, visto que fecham o evento com uma música.

José Sábio – Vamos ter uma grande responsabilidade porque somos os últimos e foi para dar continuidade, para não deixar morrer.

Dia do Senhor – E isto do Festival do Meio Ambiente, diz-vos alguma coisa?

José Sábio – A nós, não porque… Eu lembro-me de ouvir falar, mas era criança e não tinha a noção. Mas para as pessoas que participaram, para eles reviverem agora isto deve trazer grandes recordações.

Dia do Senhor – E do Festjovem, lembraste?

José Sábio – Não. Acho que fui uma vez ou duas ver, mas era criança e…
Dia do Senhor – Então e como estão a correr as coisas com o Grupo de Jovens?

José Sábio – Vamos continuar com as reuniões e com os encontros. Está tudo bem.

Dia do Senhor - Então e como achas que vai correr este Festival?

José Sábio – Acho que sim. Mesmo que haja uma falha ou outra, não tem importância.
Dia do Senhor – Muito obrigada, José.

E o Dia do Senhor não podia deixar de entrevistar Carlos Rocha e Teresa Paula no dia após o festival…

Dia do Senhor – Como foram dois pilares importantes do Festival das Memórias, gostaria de vos saber o balanço que fazem deste Festival que se realizou ontem?

Teresa Paula – O balanço que fazemos é que foi óptimo (depois de dois ou três meses de tanto esforço (risos). Acho que recebemos a compensação ontem. Não no momento final, isso não, mas durante toda a noite. Ver o salão bem composto, cheio eu diria, e ver a alegria de todos a cantar e a participar, eu penso que recebemos a compensação toda! Valeu a pena o esforço.

Carlos Rocha – Correu tudo bem. Houve alguns problemas com as afinações, mas… de resto correu tudo bem.

Teresa Paula - Acho que o júri compensou a desafinação dos microfones.

Carlos Rocha – Mas de resto correu tudo bem. Foi óptimo. Pensei que talvez fosse um bocadinho mais difícil, mas correu tudo bem.

Teresa Paula – Mas se eu puder falar sobre o último momento em que nos chamaram, eu na altura não me lembrei porque bloquei completamente porque estava muito emocionada, mas aquele ramo de flores que me ofereceram era repartido em três. Podiam oferecer-me na mesma, mas oferecia também uma flor também à Patrícia Almeida e à Catarina Sábio porque foram o meu braço direito.

Dia do Senhor – A ideia de realizar o Festival das Memória partiu deste núcleo familiar. Depois foram ajudados por inúmeras pessoas. Mas como é que surgiu a ideia de fazer um festival de recordações?

Carlos – Como estamos a comemorar a reconstrução da Igreja, que é uma coisa já antiga, decidiu-se também fazer isso: Recuperar as canções antigas que representaram Salir de Matos nos festivais em que concorreram.

Teresa Paula – Acho que não há melhor maneira do que… Se era um ano de memórias, de relembrar, de reconstrução… Como as canções foram feitas cá, não há nada melhor do que relembrá-las também.

Dia do Senhor – E estão prontos para realizar outro festival, outra iniciativa, ou vão descansar por agora?

Teresa Paula – Dêem-me descanso! (risos) Deitou-me um bocadinho abaixo estes dois últimos meses. Agora preciso de recuperar forças. Recuperei-as ontem emocionalmente, mas agora fisicamente, preciso de um tempo de descanso.

Carlos Rocha – Igualmente

Teresa Paula – Mas estamos prontos para as próximas, pronto!

Dia do Senhor – A Paula já disse que ontem foi emocionalmente compensador, mas eu gostaria ainda de saber como é que se sentiram com as palavras do senhor padre Eduardo no agradecimento da nossa paróquia.

Teresa Paula – Ai agora foste tocar no ponto fulcral… Eu já fui ralhar com ele porque achava que ele não devia ter dito aquelas palavras. Foram as palavras dele que me fizeram bloquear… Porque é assim… Quando sinto, não consigo transmitir em público, quanto muito a uma ou duas pessoas. Mas eu acho que não era tão merecedora de tanto… Acho que todos nós ajudamos da melhor forma, cada um com o seu talento…

Dia do Senhor – Sem dúvida que as pessoas se mobilizam e ajudam. Mas se não houver um embrião, que neste caso és tu e o Carlos, as coisas também não nascem. Portanto, essa função é também a vossa, a de serem semente.

Teresa – Eu posso ter essa semente, mas tenho também muitas sementes em meu redor. E isso dá muita força para seguir porque não sou só eu, são todas as pessoas que tenho à minha volta.

Dias do Senhor – Muito bem, gostariam de acrescentar mais alguma coisa?

Teresa Paula - Gostava de deixar um agradecimento muito especial, muito especial mesmo, aos músicos, ao júri, e aos apresentadores que estiveram lindamente, aos participantes porque foram fantásticos e também a todo o público porque o público estava a acompanhar muito bem e foi muito caloroso, mostrou-se muito caloroso. Eu gostei imenso. Acho que estão todos de parabéns.
























Bênção da primeira pedra do Centro de Dia para Idosos de Salir de Matos.

Entre o sonho e a realidade!
Por António Galamba
A construção do Lar e Centro de Dia com capacidade para 30 utentes internos e 13 utentes em regime de Centro de Dia é um sonho há muito alimentado pelos cidadãos da Freguesia de Salir de Matos. Com o apoio do Governo, da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, da Junta de Freguesia de Salir de Matos e da população em geral estão criadas as condições para concretizar este projecto no valor de 929.440€, com a garantia de celebração de um protocolo com a segurança social para o seu funcionamento integral. O projecto possibilitará ainda, pela construção de uma nova cozinha, ampliar a capacidade de resposta da valência de apoio domiciliário a idosos, contribuindo para uma melhor resposta social às necessidades da população de Salir de Matos e das Freguesias rurais contíguas.
O Lar de Idosos e Centro de Dia pela capacidade directa de acolher 43 idosos e pela ampliação da oferta de apoio domiciliário permitirá um melhor combate às situações de abandono pelas famílias, à exclusão social, à solidão, à perda de autonomia e à pobreza que afectam muitos dos cidadãos da Freguesia, contribuindo para a melhoria das condições de vida dos idosos e para a humanização da sociedade.
O lançamento da primeira pedra do Lar e Centro de Dia, no passado dia 25 de Novembro de 2007, marca a passagem da fase do sonho para a fase da realidade. Um sonho que queremos que passe a ser realidade no mais curto espaço de tempo, com o contributo solidário dos muitos que estiveram na festa que contou com o apoio decisivo do Rancho Folclórico do Guisado, do Rancho Folclórico das Trabalhias, da Fábrica da Igreja de Salir de Matos e de muitos cidadãos empenhados em construir uma sociedade mais humanizada, solidária e justa.





SUPLEMENTO:caderno do Advento

Publicamos o caderno do Advento, que pode imprimir página a página. Clique sobre a imagem para aumentar.











AGENDA

SPOT JUVENIL

O NATAL ESTÁ À PORTA!
POR PEDRO SANTOS

Estamos no início de Dezembro. Contudo, já há um mês que ouvimos falar no tão esperado Natal. Família reunida, paz, fraternidade, solidariedade entre Homens são diversos objectivos humanos que se pretende fazer chegar a cada um através do Natal. Se é isto então o mais importante, porque é que só agora e através deste meio é que vos é chegada esta mensagem? Aposto que na televisão ainda não ouviram falar disto.
Se o Natal é difundido meses antes de acontecer, é porque de facto esta época é bastante importante. Importante, mas em duas vertentes: a vertente humana e a económica.
O que é de facto anunciado é o nascimento dos lucros das grandes empresas, em oposição ao nascimento de Jesus Cristo. É triste, pois o que devia ser comemorado era a festa cristã. Então depois, como gesto simbólico, a oferta de pequenos presentes, tal como os Reis Magos fizeram; todavia, o exagero que a nossa sociedade fez crescer era totalmente dispensável.
Por vezes, as famílias ficam endividadas porque gastam o seu salário nos grandes presentes; o mais triste ainda é que por vezes acabam por passar fome devido às extravagâncias que realizaram no ‘mês passado’. Vamos assim, neste Natal, tentar transmitir a verdadeira mensagem que nem todos conseguem receber entender. Bom Natal a todos!



FESTIVAL DE MEMÓRIAS
POR ANDREIA SANTOS
Mais um grande evento para se juntar ao leque das comemorações dos 250 anos da reconstrução da Igreja de Salir de Matos.
No passado dia 17 de Novembro, no salão de Cabreiros, realizou-se um festival de canções.
Porém, não foi um festival da canção a que estamos habituados, com vedetas, estrelas, ou até mesmo pessoas famosas, porque os participantes foram todos os que quiseram elevar as vozes a Deus!
Depois de rebuscar nos baús antigos das memórias, encontrámos empoeiradas algumas das músicas que encantaram em festivais da canção cristã, feitos por pessoas da nossa Igreja, e outras de um festival do ambiente, anteriormente realizado, com mensagens de protecção da natureza.
Isto só poderia culminar numa grande festa, em que grande parte das músicas foram interpretadas pelos mesmos que em anos atrás tinham participado nos festivais do mesmo âmbito.
Para um final perfeito, o grupo de jovens de Salir de Matos, como grandes amantes das guitarradas e da música cristã, participaram também neste festival. Foi ao som da música “Passo a Passo”, ao ritmo da bateria e das guitarras que mais uma vez demonstraram a alegria em seguir os trilhos do Senhor. Este aglomerado e todo este ambiente musical contribuiu, desta forma, para mais um dos momentos de grande convívio e alegria.
Desde já, não posso deixar de agradecer à organização deste evento, e a todas as pessoas que participaram nele; mais uma vez se provou que a Igreja não é apenas aquele edifício do qual se comemora 250 anos de reconstrução, a Igreja também somos todos nós!



A ORIGEM DA PALAVRA NATAL EM VÁRIAS LÍNGUAS:
Latinas – natividade; nascimento.
Inglês (Christmas) – missa de Cristo (Christ Mass).
Alemão (Weihnachten) – noite bendita.


“Dá que pensar….”
Banca de Deus
Uma mulher entrou num mercado e viu, para surpresa sua, que Deus também tinha uma banca.
- Que vendes aqui? – perguntou.
- Tudo o que o coração quiser respondeu Deus.
Quase não acreditando no que estava a ouvir, a mulher foi pedindo:
- Desejo paz de espírito, amor, felicidade, sabedoria, não só para mim mas para toda a gente.
Deus sorriu e disse:
- Penso que não me compreendeste bem: aqui não se vendem frutos, mas só sementes…


Passatempo natalício:
O natal é um tempo de reflexão, de família, de união e de tradições! De família para família mudam-se os hábitos natalícios, as decorações, a comida, a reunião de família etc.

O Spot Juvenil lança-te um desafio: conta-nos como é o teu natal, o que fazes com a tua família, quais as tuas tradições, e sobretudo, como é que vives interiormente esta quadra natalícia!
Envia-nos os teus comentários para: diadosenhor@clix.pt e FELIZ NATAL!!!

Cantinho da catequese

Concurso de Presépios para todos os paroquianos

Neste ano, e durante esta época Natalícia, os catequistas resolveram inovar com a ajuda das ideias do Pedro Costa. Sendo assim, vamos dar uma folga ao tradicional cabaz de Natal e propomos um desafio à comunidade da Paróquia de Salir de Matos, para o qual contamos também com a ajuda do nosso grupo de jovens.
Gostaríamos que participassem num concurso de presépios, feitos na rua: no jardim das suas casas, num alpendre ou varanda, num bocadinho de um terreno, enfim, onde tiverem um pequeno espaço. Quem quiser aceitar este desafio, terá de dar o nome, a morada e o nº telefone a qualquer catequista, até dia 23 de Dezembro, para que se possa organizar depois uma visita de um júri para fotografar e avaliar o presépio. Nesta visita do júri não será preciso estar alguém em casa. Dêem asas à vossa imaginação e concorram porque se o fizerem terão depois uma surpresa na véspera dos Reis.
No dia de Reis, dia 6, vai ser dito qual foi o presépio vencedor. De qualquer das formas, há que não esquecer que o importante é participar e dar mais sentido a este Natal com o nascimento do Menino em nossas casas. Por essa razão, o presépio que tiver junto uma árvore de Natal será automaticamente desclassificado.

Actividade das crianças da catequese


Foi proposto às crianças da catequese que oferecessem a uma criança com menos possibilidades aquele brinquedo tão especial e de que gostam muito. Será uma forma de se habituarem a partilhar com os outros algo de si mesmos, algo de valor para eles porque é dando aquilo que nós gostamos que tomamos verdadeiramente o sentido da partilha e o valor das coisas. Desta forma, até dia 8 (dia em que haverá catequese, e não dia 9), têm de trazer um brinquedo para que os catequistas possam preparar tudo e os fazer chegar ao Pai Natal. Em princípio no dia 26 ele irá distribuir os presentes pelas crianças mais carenciadas para que elas também possam sentir um pouco da alegria de receber.

A catequese espera, desta forma, despertar mais ainda o verdadeiro sentido do Natal e sacudir todas as futilidades que existem em redor do nascimento do Menino Jesus. Assim, esperamos que Este Menino nasça em todas as casas, principalmente, em todos os corações.
Um Santo e Feliz Natal para todos!

Pela catequese,
Paula Rebelo


O Natal visto pelas Crianças da catequese

1º Volume
(grupo da Manuela)
- Prendas...
- Estação do ano em que todas as pessoas trocam alguma coisa...
- Jesus aparece no Natal...
- Árvore de Natal e Presépio...
- O Pai Natal dá prendas...
- O Pai Natal não existe... quem dá as prendas são as pessoas... os pais...
os avós...
- Quando neva e faz muito frio...


(Grupo da Liliana)
Nós gostaríamos que o Natal fosse mágico. Que não existissem pobres, tristeza, guerra e pessoas egoístas. Desejamos que todos sejam felizes.


Feliz Natal para todo o mundo, em especial os mais pobres. E um feliz aniversário para Jesus. 2º volume

3º Volume
(Grupo do Zé) – O Natal para mim é um momento de paz. Não interessam as prendas porque o mais importante é estarmos reunidos com a família e celebrarmos o nascimento de Jesus.
(Grupo da Graça) – O Natal é altura de Amor, Paz e Alegria. Vamos todos ajudar a respeitar e dar carinho a todos os que precisam não só no Natal, mas em todos os dias do ano. O 3º volume deseja um Feliz Natal a todos.


Que a chegada do redentor traga consigo o amor, a paz e a alegria e mude os nossos corações para melhor amar Jesus!" 4º volume


Para o 5º volume, o Natal é nascimento de Jesus, quando estamos reunidos com a família para o festejar. No fundo, o Natal é estar com Jesus e com a família (de quem também recebemos prendas). Por isso, o 5º volume deseja a todos um Natal cheio de Paz e Felicidade. FELIZ NATAL!


A IMPORTÃNCIA DO NATAL
No Natal todas as pessoas esquecem-se que é graças ao nascimento de Jesus, que festejam o Natal, mas ninguém lhe canta os parabéns, porque só se interessam pelas prendas e pela comida.
Cabe a cada um de nós através do nosso bom
exemplo, mostrar aos outros o verdadeiro sentido do natal, aonde o mais importante não é o consumismo a que nós estamos habituados.
Convidamos todas as pessoas para que se lembrem de Jesus, antes de abrirem as inúmeras prendas à meia noite, cantando-lhe ao pé do presépio os parabéns e desta forma festejar o aniversário mais celebrado no mundo inteiro, sem nos esquecer do verdadeiro aniversariante JESUS.
7º Volume


O 8º volume deseja a toda a Paróquia um Santo e Feliz Natal e, não se esqueçam que o verdadeiro sentido do Natal é o nascimento de Jesus e não dar e receber presentes.


O Natal têm diferentes maneiras de ser vivido. Para uns é só e apenas receber presentes, para outros é o dia em que a família se reúne.
Na realidade, todos gostamos e muito de receber presentes, mas não é o essencial, o importante é estarmos com aqueles que mais gostamos, partilhando a felicidade que é o Nascimento de Jesus.
O 9º Volume deseja que todos encontrem o verdadeiro sentido de Natal e o vivam com muito Amor, Saúde, Paz e Alegria.


- Gostaríamos que neste Natal todas as pessoas tivessem uma família com quem pudessem reunir e conviver, para receber o menino Jesus nos seus corações.
Que o Natal deixe de ser uma época gélida e sem sentimentos mas que seja para todos, o verdadeiro sentido da mensagem de paz e harmonia de Jesus.
O 10º volume deseja que este Natal seja muito “quentinho” para todos.
10ºVolume

quinta-feira, novembro 08, 2007

Edição de Novembro


Quem não se lembra do Festival do ambiente que aconteceu na nossa Paróquia há já 20 anos? E do Festjovem e das muitas participações da nossa paróquia? Vai poder relembrar tudo isto no próximo dia 17 de Novembro, não perca. As entradas são livres.

Editorial

Por Pe Eduardo Gonçalves

No passado dia 28 de Outubro, reuniu-se o Conselho Pastoral Paroquial, para fazermos uma reflexão sobre o ano transacto e programarmos o novo ano pastoral, já iniciado. Estiveram presentes muitos elementos, que por direito têm lugar no referido conselho. Também estiveram presentes os novos membros do Conselho Económico, para os próximos anos. Estes novos membros, como não podia deixar de ser, são muito bem-vindos, não só por trazerem novas ideias, como também, quando iniciarmos as obras prometidas, necessitarmos de mais gente para nos darem a sua colaboração. No início deste novo ano e no primeiro jornal, quero saudar os novos membros, e aos antigos prestar os meus agradecimentos em nome de toda a comunidade paroquial. Todos não somos demais para fazermos frente aos trabalhos, que espero, comecem depressa, depois de ultrapassadas as formalidades legais exigidas.
Fizemos uma retrospectiva do que foi o ano anterior, no qual demos início à comemoração dos 250 anos do restauro da nossa tão bela Igreja. Temos a consciência de termos cumprido o essencial do que havíamos projectado. Entre outras iniciativas recordamos a peregrinação a Fátima no dia 25 de Abril, bem como a presença de Sua Eminência o Senhor Cardeal Patriarca, que celebrou a missa solene, a exposição de arte sacra, bem como o lançamento do livro do Meritíssimo Juiz Dr. Carlos Marques. Até ao fim do ano, esperamos ainda realizar alguns eventos, caso seja possível. Gostaríamos que estivessem presentes os últimos párocos de Salir de Matos, dependendo da sua disponibilidade para estarem presentes no dia 9 de Dezembro.
Outro ponto que debatemos foi a organização da Festa de Santo Antão, que tem lugar nos próximos dias 12 e 13 de Janeiro de 2008. Foram trocadas várias e úteis ideias e opiniões a fim de que, a tempo e horas tudo possa decorrer como é, felizmente, costume.
Alguns movimentos presentes nomeadamente a catequese, por meio das catequistas deram-nos uma imagem de como a catequese já está a decorrer.
Uma das iniciativas que a mim, pessoalmente me agrada mais é a possibilidade de, na próxima Quaresma, realizarmos algumas conferências quaresmais: este é um meio de aprofundarmos a Fé e prepararmos a Semana Santa. Desejo que todos nos empenhemos nas iniciativas que só têm sentido se os paroquianos nelas participarem.
Para terminar não quero deixar de felicitar todos os participantes que deram seu contributo para o que foi um belo momento de oração: o TERÇO VIVO. Que saibamos encontrar momentos como este, que nos ajudam a aprofundar a Fé, ao mesmo tempo que são momentos muitos belos de ver e ouvir. A Beleza eleva-nos até Deus. Que Ele nos dê forças para, em comum, fazermos a nossa caminhada ao longo deste ano.

Dia de S. Martinho

O dia de S. Martinho: comemorações e tradições

No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo, falecido dois ou três dias antes, no ano de 397, foi a enterrar em Tours, França.
Hoje em dia, não sendo o uso do missal tão frequente, nem todos os crentes católicos se lembrarão de ver, nos dias festivos do ano, o que se diz relativamente ao dia 11 de Novembro, e ao seu Santo: «São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares do Ocidente (...) A sua festa era de guarda e favorecida frequentemente pelos dias de “verão de S. Martinho”, rivalizando, na exuberância da alegria popular, com a festa de S. João.» (in Missal de Dom Gaspar Lefebvre ).
Com efeito, S. Martinho foi, durante toda a Idade Média e até uma época recente, o santo mais popular de França. O seu túmulo, abrigado desde o séc. V por uma Basílica, em Tours, era o maior centro de peregrinação de toda a Europa Ocidental. A sua generosidade e humildade, aliadas à uma enorme fama de milagreiro fizeram dele um dos santos mais queridos da população. O facto de o seu dia coincidir com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassados e com a altura do calendário rural, em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas (do vinho, dos frutos, dos animais) leva a que a festa deste Santo tenha toda uma componente de exuberância que actualmente tende a prevalecer. Assim, em Portugal, o dia de S. Martinho é invocado nas cerimónias religiosas dos locais de culto, e o seu espírito de solidariedade lembrado quanto mais não seja, através do relato do episódio em que partilhou a sua capa com um pobre, mas de resto, e por todo o lado, as pessoas andam ocupadas nas actividades mencionadas nos provérbios sobre este dia: assam-se castanhas, prova-se o vinho...
Castanhas

As castanhas conservam-se facilmente, misturando-as com terra arenosa e seca. Em seguida, coloque-as em recipientes bem tapados. Assim tratadas, durarão mais meio ano que o habitual.
As castanhas descascam-se sem dificuldade, se durante toda uma noite as conservar no congelador. Na manhã seguinte, deite-as em água a ferver. Passe-as em seguida por um jacto de água fria. Esta mudança de temperatura faz com que elas se descasquem sem problemas. Também se descascam com facilidade se lhes der um corte em cruz, deitando-as dois minutos em água a ferver e logo a seguir em água fria. As peles saem juntamente com a casca.

Conto do mês

A professora Ana Maria pediu aos alunos que fizessem uma redacção e nessa redacção o que eles gostavam que Deus fizesse por eles.
À noite, ao corrigir as redacções, ela deparou-se com uma que a deixou muito emocionada.
O marido, ao entrar em casa viu-a a chorar e perguntou: “O que aconteceu?”. Ela respondeu: “Lê”.
Era a redacção de um menino.
“Senhor, esta noite peço-te algo especial, transforma-me numa televisão. Quero ocupar o lugar dela, viver como vive a TV da minha casa. Ter um lugar especial para mim e reunir minha família ao meu redor… ser levado a sério quando falo. Quero ser o centro das atenções e ser ouvido sem interrupções e sem perguntas.
Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. Ter a companhia do meu pai quando chega a casa, mesmo que esteja cansado. E que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar. E ainda que os meus irmãos “briguem” para estar comigo. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.
E, por fim, que eu possa divertir todos. Senhor, não te peço muito… só quero viver o que vive qualquer televisão!”
Naquele momento o marido de Ana Maria disse: “ Meu Deus, coitado deste menino. Que descuido e destes pais”.
E ela respondeu-lhe: “ Esta é a redacção do nosso filho”.

Cantinho da Catequese

Um novo ano e um novo desafio que aceitámos com muito orgulho, alegria e confiança: O INICIO DA CATEQUESE.
Em primeiro lugar, e em nome de todos, quero desejar boa sorte a todos que por motivos de força maior, este ano, não vão colaborar connosco nesta caminhada. Também quero agradecer à Patrícia Almeida, que voltou a juntar-se ao grupo e nos vai ajudar ao longo deste ano.
Tal como nos anos anteriores, deparámo-nos com o problema da falta de salas, mas... nada que com um pequeno esforço e boa vontade de todos não se resolva. Assim distribuímos os volumes da seguinte forma:

1º Volume - Liliana Franco e Nelita
2º Volume - Catarina Sábio, Dora, Cheila e Ana Raquel
3º Volume - José Sábio e Graça
4º Volume - Rita dos Santos e Andreia Santos
5º Volume - Patricia Almeida e Tiago Casimiro
6º Volume - Neuza
7º Volume - Anabela Sábio
8º Volume - Sandra Fernandes
9º Volume - Sandra Sábio e Luis Carlos
10º Volume - Teresa Paula

Decidimos por unanimidade que a presidente da catequese será, pelo segundo ano consecutivo, Anabela Sábio. Uma vez mais apelo a TODAS as pessoas para que tenham um pouco de paciência relativamente ao barulho que as nossas crianças fazem, pois é algo inocente e não magoa ninguém.
Por agora despeço-me, pedindo a Deus que nos dê força e ânimo no percurso desta nossa caminhada.

Ana Raquel Norte Marque

Spot Juvenil

É com enorme gratificação e força de vontade que aqui representamos, mais um ano, a comunidade juvenil da paróquia.
Demos por encerrada a ultima edição antes das férias com a certeza que fizemos o melhor que sabíamos, de forma a contactar com toda a comunidade, e dar o nosso parecer enquanto grupo de Jovens activos, que somos.
Mais um ano se proporciona à nossa “voz” estar aqui presente, e mais um ano tentaremos fazer um bom trabalho, e trazer mais força não só à voz dos mais Jovens mas como também de toda a comunidade.

PARABÉNS

Grupo de JOVENS Reunidos!
É já neste mês de Novembro que o nosso grupo de Jovens de Salir de Matos concretiza o seu 1º Ano.
Deixamos aqui uma pequena apreciação deste primeiro de muitos passos. E desejar desde já, um muito obrigado a toda a paróquia que nos tem incentivado e ajudado no que lhes é pedido e possível.
Um agradecimento especial à nossa coordenadora Estela e também à Teresa Paula que muito do seu tempo tem dado para que todas as actividades tenham chegado a bom porto.

Pois é… já lá vai um ano…
Foi a 11 de Novembro de 2006 que nos juntámos para formar o Grupo de Jovens. E, desde esse dia, ainda não parámos. Desde as já famosas reuniões mensais (onde não pode faltar o lanchinho no fim… ou no início ehe), até às iniciativas já levadas a cabo (como vigílias, representações, etc.), sinto que este grupo tem vindo a crescer em amizade, união e fé!
Penso que o melhor de tudo isto é a capacidade que temos de brincar com as coisas e de nos divertirmos, sem descartar as nossas responsabilidades. Apesar de tudo, levamos isto muito a sério e, se formos a ver bem, o grupo actual é praticamente o mesmo do início, e isso só por si já é muito importante.
Da minha parte, só me resta esperar que este pessoal se mantenha assim entusiasmado e unido por muitos mais anos.
À “Malta da Pesada” muitos Parabéns!!! =)
Rita Santos
Um ano após a criação do grupo de jovens, creio que foi uma ideia muito boa.
Apesar das dificuldades que temos em conseguir conciliar horários, durante o tempo que estamos reunidos conseguimos discutir temas da actualidade, ouvindo diversas opiniões sobre os diferentes temas e arranjar soluções possíveis, ou ate trocar conselhos para os problemas que enfrentamos no nosso dia-a-dia. Para além da entreajuda que damos uns aos outros as cessões e as actividades desenvolvidas pelo grupo ajudam-nos a fortalecer os laços de amizade que temos uns pelos outros.
O convite que recebi, para fazer parte do grupo, foi benéfico para mim uma vez que aprendi diferentes maneiras de comunicar com Deus, não o fazendo só na igreja com as pessoas mais velhas, mas fazendo em diferentes locais, por diferentes maneiras e com pessoas da minha idade.
José Sábio


Mais um Ano Lectivo,
Mais um grande passo…

“Uma nova experiência…
Pois é, este ano entrei para a universidade e estou a iniciar uma nova fase da minha vida.
Foi difícil suportar a espera que antecedeu o momento em que soube que tinha entrado…mas quando finalmente vi o meu nome e a informação que tinha sido colocada em Leiria no curso de Enfermagem, que era já o meu sonho há alguns anos, cresceram dentro de mim outros medos…
O medo de ir para longe da minha família, pois embora tenha ficado numa cidade relativamente perto de casa nunca é a mesma coisa, o medo de não me adaptar ao ensino universitário, o medo de perder o contacto com os amigos que já tinha, o receio das praxes que me esperavam, enfim…ansiedades normais a qualquer estudante nesta situação.
Passaram já seis semanas desde que estou em Leiria e parece-me que me adaptei bem, fiz novos amigos, sem esquecer os antigos, estou a gostar do curso, sobrevivi às praxes e estou a crescer com esta nova experiência.
Deixo aqui uma mensagem aqueles que anseiam por este momento: estudem, esforcem-se e lutem para alcançar os vossos sonhos! Eu também trabalhei, mas agora estou a ser recompensada.”

Catarina Alves


Cantinho Poético...

Chamo-Te porque tudo esta ainda no principio
E suportar o tempo mais comprido.
Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que só um dos teus olhares me purifique e acabe.
As muitas coisas que eu quero ver.
Peço-Te que sejas o presente.
Peço-te que inundes tudo.
E que o teu reino antes do tempo venha.
E se derrame sobre a terra
Em primavera feroz precipitado.

Sophia de Mello Breyner Andresen
Terço Vivo
No passado dia 13 de Outubro, quando em todo o país se celebravam as últimas aparições de Nossa Senhora em Fátima, também na nossa paróquia nos juntámos a estas solenidades tão importantes para os Católicos portugueses, com uma Oração muito especial, um Terço Vivo. Cerca de uma centena de pessoas se mobilizaram para levar a efeito este momento de rara beleza e que, concerteza, nos transportou para uma dimensão muito maior de reflexão e oração, desde a luz que a cada Ave Maria que se rezava rompia a escuridão criando um cordão de luz, como pelos melodiosos cânticos, pela excelente representação das cenas bíblicas, como pelos textos de reflexão que foram lidos. Tudo isto se deveu ao empenho destas pessoas que ajudaram a construir mais um pedacinho de céu em Salir de Matos, mas acima de tudo, e não se pode deixar de referir isto, ao enorme empenho que uma paroquiana dedica a todas estas causas, com sacrifício da sua vida pessoal, a Teresa Paula, que juntamente com o marido, se aventura nestas iniciativas que, infelizmente, poucos paroquianos sabem usufruir.
Porque é impossível transpor para um jornal a emoção que se vive nestes pequenos momentos de interioridade, limitamo-nos a publicar algumas das fotografias que se conseguiram tirar, com a natural dificuldade de fotografar de noite.