sábado, dezembro 30, 2006

Editorial

Dia Mundial da Paz

Mais uma vez vamos celebrar no 1º dia do novo ano o dia mundial da paz. Coube ao Papa Paulo VI a iniciativa de propor não só aos cristãos, mas a todos os homens de boa vontade, que o início dum novo ano seja vivido rezando e meditando sobre um dos mais importantes problemas do nosso tempo.
Para este ano, o Papa Bento XVI, subordinou o tema da sua mensagem ao lema: " A pessoa humana, coração da Paz.
Porque é bastante longa, vou apenas apresentar os tópicos essenciais da mensagem:
- A pessoa humana e a paz: dom e missão
- O direito à vida e à liberdade religiosa
- A igualdade de natureza de todas as pessoas
- A " ecologia da paz".
- Visões redutivas do Homem
- Direitos humanos e Organizações internacionais
- Direito internacional humanitário e direito interno dos Estados
- A Igreja em defesa da transcendência da pessoa humana.
O Papa começa por dizer que envia os seus votos de paz desta sua mensagem de modo particular, a quantos se encontram na tribulação e no sofrimento, a quem vive ameaçado pela violência e pela constrição das armas ou, espezinhado na sua dignidade .Igualmente envia os seus votos de paz às crianças, que, com a sua inocência, enriquecem a humanidade de bondade e de esperança e, com o seu sofrimento, a todos nos animam a sermos obreiros de paz e justiça. Numa síntese eficaz Santo AGOSTINHO ensina :" Deus, que nos criou sem nós, não quis salvar-nos sem nós".
Citando o seu antecessor João Paulo II, na sua mensagem à Assembleia Geral das Nações Unidas no dia 5 de Outubro de 1995, teve a ocasião de dizer que nós " não vivemos num mundo irracional ou sem sentido, mas existe uma lógica moral que ilumina a existência humana e torna possível o diálogo entre os homens e os pobres ".
No que diz respeito à vida e a dignidade da pessoa humana, diz-nos que "quem tem maior poder político, económico, tecnológico, não pode aproveitar disso para violar os direitos dos outros menos favorecidos".
Num país que se prepara para decretar a legitimidade do aborto, estas palavras dão-nos que pensar.
Quem ouve atentamente os meios de comunicação social, fica com a impressão de que tudo já está resolvido.
Porventura já não há neste país quem tenha a consciência de que matar é sempre um acto criminoso?

Pe Eduardo Gonçalves

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