segunda-feira, julho 09, 2007

COMUNIDADE

No passado dia 10 de Junho, os portugueses celebraram mais uma vez o dia de Portugal e o dia de Camões, para além disso, Salir de Matos festejou de uma forma diferente este dia.
No âmbito das comemorações dos 250 anos da reconstrução da igreja de Salir de Matos, este dia foi memorável e, de certo modo, glorificou-se o passado histórico e nacional.
Pela manhã tivemos a honra de receber a visita, já há muito aguardada pela nossa paróquia, do Senhor Cardeal Patriarca, D. José Policarpo. A celebração presidida pelo mesmo, foi acompanhada por um grande número de pessoas de toda a freguesia, inclusivé responsáveis dos órgãos directivos da junta de freguesia e também da Câmara Municipal.
Durante a sua homília, confesso que as suas palavras me tocaram, os exemplos e as citações, fizeram-me lembrar os problemas de falta de fé e de renúncia a Deus, porém esperava alguma emotividade da sua parte em relação à assembleia que o rodeava. No final da celebração, o Pe. Eduardo ofereceu a sua Eminência, uma imagem de Santo António, padroeiro da nossa Igreja.
Depois da Celebração, decorreu o almoço convívio no salão paroquial. Para além da presença do Senhor Cardeal, o salão encheu-se de pessoas que se juntaram para mais um momento de convivência.
Ao final da tarde, esperávamos um grande momento, o lançamento do livro de Carlos Marques Querido. Depois de 7 anos de cumplicidade com a Gazeta das Caldas, toma então a iniciativa de tornar as suas crónicas em páginas de um livro, e nada melhor que ter Salir de Matos como palco do lançamento da sua obra “Salir d’Outrora”.
Esta palestra, por assim dizer, inicia-se com uma viagem no tempo ao longo de vários séculos, relatando a história de Portugal. Carlos Marques, justifica as modificações de Salir de Matos, fruto das mudanças naturais, sociais e sobretudo políticas, mudanças essas influenciadas pelo poder dos governadores portugueses ao longo dos tempos.
“..Um povo, sem conhecer a sua História, sem posse das memórias colectivas é um povo incompleto..”. Foi esta a frase marcante de Doutora Iria Gonçalves, no prefácio da obra “Salir d’ Outrora”.
Graças ao Dr. Carlos Marques, ao qual agradecemos este vasto e completo estudo a cerca desta nossa região, podemo-nos considerar um povo mais completo, herdeiros de um passado de séculos e séculos de história, construidores de um futuro, com a garra, coragem e fé dos conquistadores de outrora.
Andreia Santos


A CELEBRAÇÃO LITÚRGICA






















ALMOÇO




EXPOSIÇÃO DE ARTE SACRA
















LANÇAMENTO DO LIVRO "SALIR D'OUTRORA"

SALIR DE MATOS – UMA PARÓQUIA COM ORGULHO NO PASSADO E ESPERANÇA NO FUTURO

A primeira referência conhecida, sobre Salir de Matos, em documentos oficiais, consta de uma bula do Papa Honório 3.º, datada de 1227 (reinava D. Sancho II), com a designação de Granja do Mosteiro.
Nas granjas, os monges cultivavam directamente a terra, o que aconteceu nos primeiros tempos, após a doação de D. Afonso Henriques (datada de 1153), do imenso território dos coutos de Alcobaça à Ordem de Cister.
A Salir do Mato – assim se chamava na época, foi concedida carta de povoação pelo Abade D. Martinho III, a 25 povoadores, no dia 1 de Janeiro de 1321 (Pergaminho existente na Torre do Tombo – IANTT, Most. Alc. Maço 27, doc. 20, 1.ª inc.), mas era uma povoação sem paróquia própria, porque através da demarcação de 9 de Novembro de 1296, fora integrada na paróquia de Alvorninha.
Durante muitos anos, as pessoas de Salir do Mato percorreram um longo e atribulado caminho para irem à missa em Alvorninha.
Num livro existente na Torre do Tombo, referem-se as razões que levaram as pessoas de Salir do Mato a requererem ao Papa Pio IV, a desanexação da paróquia de Alvorninha (IANTT, Mosteiro de Alcobaça, Livro 92, Micro-fime n.º 0482): «Mas porque ficavam em distância mais do que uma légua da dita Igreja de Alvorninha, em cujo caminho havia quatro ribeiras que no Inverno lhe tolhiam a passagem, e por isso muitos ficavam sem ouvir missa e os velhos sem sacramentos, pelo que impetraram Bulla do Papa Pio 4.º, para se desanexarem da dita Matriz e erigirem uma Igreja nova na dita Villa de Selir, em que se lhe dissesse Missa e administrassem os Sacramentos…».
Pediram e foi-lhes concedido, com o apoio do Cardeal D. Henrique, Abade Comendatário de Alcobaça e futuro Rei de Portugal, filho de D. Manuel I, irmão de D. João III (que reinava nessa época), que no ano de 1565 – já lá vão 442 anos – criou a paróquia de Salir do Mato.
No ano de 1566 ficou pronta a nossa Igreja - já passaram 442 anos - tendo sido o seu primeiro pároco o Padre Fernando Annes.
Salir do Mato era nessa época, Vila e Concelho dos coutos de Alcobaça, e nessa qualidade tinha: um juiz, dois vereadores, um procurador do concelho, um escrivão da Câmara, tabelião, almotacel e meirinho.
Há uma descrição da Vila de Salir de Matos, que refere a existência de: Pelourinho, Casa da Câmara, Sala de Audiência e Cadeia, bem como de equipamentos do Mosteiro: celeiro, lagar, adega e casa do administrador.
Mas porque se comemoram os 250 anos da reconstrução da nossa Igreja?
O terramoto de 1755 destruiu muitas Igrejas no país, para além da área de Lisboa.
No que respeita a Salir de Matos, refere-se nas Memórias Paroquiais de 1758, que os telhados desabaram, existindo um documento na Torre do Tombo, que refere várias obras efectuadas nessa altura, na Igreja de Salir de Matos.
Se repararem no arco de cantaria da Capela-mor, verão a inscrição da data de 1757. É essa a data de realização das obras.
Como diz a Professora Iria Gonçalves, no prefácio do Livro Salir d’Outrora: «Um povo sem história, ou, melhor, sem conhecer a sua história, sem a posse das suas memórias colectivas, é um povo incompleto, sem a profundidade e a segurança que o domínio consciente das suas raízes inteiramente assumidas, lhe pode dar».
E por isso, porque o povo de Salir de Matos, a comunidade reunida em torno da sua Igreja, quer conservar a sua memória colectiva, liderados pelo seu pároco, foram à procura dessa memória e organizaram uma festa, para a qual convidaram outras pessoas, com quem partilharam essa riqueza única, que é a história que nos identifica, as raízes comuns que nos conferem este sentimento de pertença à terra. É essa identidade profunda que faz com que um salirmatense nunca deixe de o ser, ainda que um oceano o separe da terra onde nasceu.
A festa foi um êxito, e para além de revelar a história de Salir de Matos, revelou uma comunidade cheia de cor, de alegria, e de vida. Uma comunidade que se renova, onde os jovens têm um lugar especial.
O autor desta pequena crónica aproveita para expressar publicamente o imenso orgulho que sentiu, pelo privilégio de ver associada a publicação do Livro Salir d’Outrora com a comemoração dos 250 anos da restauração da Igreja de Salir de Matos.
Parabéns à Igreja de Salir de Matos, e à comunidade, que se reúne à sua volta e que faz justiça à sua longa e honrosa história!
Parabéns ao Padre Eduardo, que interpretou e viveu a história da sua paróquia, como se fosse (e é) um verdadeiro filho desta terra!

Carlos Marques Querido






FESTA DE SANTO ANTÓNIO

Convívio de Santo António 2007 visto por um conterrâneo não morador a 100%

Passaram-se mais de 35 anos que não assistia aos Festejos de Santo António, e como não estou actualizado com os eventos do Salir de Hoje, era muito possível que este convívio tivesse passado despercebido, mas ainda bem que alguém ligado a organização teve a gentileza de me alertar com um convite pessoal, e ainda bem, caso contrário, teria pena.
Como já pertenço à geração de 40 sou testemunho de muitas festa de Santo António, festas lindas com as Bandas Filarmónicas pela manhã a despertar os moradores de Salir de Matos, as lindas Missas cantadas, o Altar-mor era engalanado desde o Sacrário até ao ponto mais alto com cabeleiras de jipsofila, onde era exposta a Custódia, seguindo-se a grandiosa Procissão com todos os Estandartes e Andores. Como era lindo!
Também houve festas de Santo António que correram contra a vontade de Santo António e do povo, mas dessas não vale a pena recordar.
Falando do convívio de Santo António 2007 (se me permitem assim denominá-lo) no meu ponto de vista pessoal foi um lindo convívio: teve a parte espiritual com Missa e Procissão e a parte dos comes e bebes, o que não tem de ser à borla, nem o acordeonista faltou como nos anos de 40 e assim se reuniu num pequeno espaço a Freguesia de Salir de Matos, e não só eu, pois presenciei que outros conterrâneos também não residentes 100% como eu, se congratularam ao encontrarem-se com pessoas amigas e conhecidas que, talvez como eu, já há muito que não viam.
Bem-haja e parabéns à organização.
Quero fazer uma referência à Juventude da Freguesia o empenho que têm nos eventos organizados na nossa Paroquia, continuem pois o mundo que vem é vosso. Um grande obrigado às Senhoras e às Jovens que por detrás do balcão não deixaram faltar nada, desde o belíssimo pão aos bolos, etc, etc.
E a loiça! Quem a lavou? Eu vim para casa! Caros Salircences, isto só em Portugal, para não dizer só no Salir de Hoje
Obrigado…Pois os Paroquianos da Freguesia de Salir de Matos podem orgulhar-se da comissão que têm à frente da Paroquia.
JMS

Na comemoração dos 250 anos do restauro da Igreja Paroquial, quis o Conselho Económico levar a efeito uma festa em honra do seu Padroeiro. Um convívio onde todos os paroquianos, amigos e visitantes se sentissem unidos no mesmo ideal, ao qual Santo António dedicou toda a sua vida.
Os objectivos foram alcançados. Os membros do Conselho Económico ficaram satisfeitos, pois verificaram que os paroquianos responderam positivamente ao convite para estarem presentes neste convívio, contentando todos aqueles que dedicam o seu tempo em prol da comunidade.
Por isso e por toda a amizade demonstrada, os nossos agradecimentos em especial, ao acordeonista, Rogério, que graciosamente nos ofereceu uma agradável tarde de música.
A todos o nosso muito obrigado, e até para o ano se Deus Quiser
O Conselho Económico

XII Encontro Nacional Casais Santa Maria
Movimento Casais Santa Maria (1957-2007)

Realizou-se no passado fim-de-semana o XII Congresso Nacional do Movimento Familiar dos Casais de Santa Maria.
Este movimento, nestes últimos três anos, teve como direcção diocesana os grupos Caldas I e Alvorninha I, que terminaram o seu mandato neste ano decorrente quando o Movimento celebra 50 anos de existência, tendo sido fundado pelo Sr. Cónego Serrazina em 1957. O Movimento Casais de Santa Maria tem tido a nível nacional uma excelente acção pastoral familiar.
O XII Congresso Nacional teve momentos altos de reflexão para estes tempos em que a família é questionada e posta em causa. É de salientar, a parte recreativa na qual o grupo de Jovens da nossa Paróquia teve a sua participação para a qual a direcção diocesana cessante tem um alto grau de gratidão pelo empenho na sua actuação.
O Movimento Casais Santa Maria quer continuar empenhado na evangelização das famílias tendo sempre como ideal a atingir o amor e humildade da Família de Nazaré.
Carlos e Lurdes Sábio



Como vimos o XII Encontro Nacional Casais Santa Maria
O Encontro Nacional Casais Santa Maria em Fátima foi para nós, membros do grupo Caldas I, um relembrar das dificuldades dos casais de então, em que, nós casal, não somos excepção. Foi no movimento Casais Santa Maria que encontrámos a solução para muitos dos nossos problemas. Aí encontrámos amigos, amigos com letra grande que confiam em nós e em quem nós confiamos, aos quais não hesitamos em expor as nossas dificuldades, e, assim termos uma inter-ajuda.
Deste modo, foi neste movimento com os grupos Caldas I e Caldas II que encontrámos amigos com dificuldades semelhantes, que encontramos respostas para as nossas dificuldades familiares.
Neste encontro Nacional, redescobrimos o que muitas vezes descuidamos, o valor da família. Ficamos chocados com algumas afirmações feitas nas palestras apresentadas. A Dra. Teresa Ribeiro, afirma em cada dois casamentos há um divórcio! Isto é dramático, interrogamo-nos onde estão os valores da família? Todo o tema apresentado, a importância da relação conjugal na relação parental, apresentado pela referida oradora foi um questionar do casal que somos e o ideal de casal que deveríamos ser.
Já no dia anterior, o Pe Paulo Araújo ao apresentar-nos o tema “Da Comunicação à Comunhão” O amor constrói-se ao longo da Vida! Prendeu-nos totalmente ao falar-nos nos problemas, que não passam de banalidades, mas que desgastam e desfazem a família.
Saímos de Fátima cheios de esperança de que com a ajuda de Maria possamos tornar-nos uma família modelo, a esperança de um mundo melhor, onde possamos ser procura e resposta para o mundo de hoje.
Que Maria nos ajude neste projecto de amor.
Carlos Marques e Conceição

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