quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Editorial

Por Patrícia Almeida

A festa de Santo Antão é já uma tradição na pequena grande comunidade que é Salir de Matos. Não posso precisar a data em que se realizou a primeira, mas sei que foi já há muito tempo…
Diz-se do tempo ter um efeito de corrosão, de desgaste. No entanto, é curioso como a passagem do tempo em Salir de Matos tem, pelo contrário, renovado forças necessárias para a continuação da Festa. Ao longo de anos, homens e mulheres abdicam do seu tempo pessoal em prol de uma Festa que reúne toda a comunidade em honra de um Santo. E fazem-no de boa vontade. Abrem mão de um tesouro que hoje em dia nos é tão caro, o tempo, e envolvem-se na organização e na execução desta tradição. E é bom chegar à festa de Santo Antão e ver as pessoas, como se de um conjunto de formigas laboriosas se tratasse, alegres no desempenho da sua função, num ambiente de entreajuda que se caracteriza pela partilha de um objectivo comum: celebrar o Santo Antão.
E a festa acaba por ser resultado de um trabalho de equipa, um trabalho planeado e exigente de uma colaboração activa entre todos. Mais ainda, é de realçar a participação crescente dos jovens da comunidade numa festa que à partida poderia não parecer tão cativante para os jovens. Temos um grupo de jovens activos, participativos e que me parecem bastante empenhados em levar adiante esta festa.
A força que existe em Salir de Matos renova-se assim também através das gerações e se a festa de Santo Antão este ano acaba por ser símbolo também do início da comemoração dos 250 anos da nossa Igreja, podemos então dizer que venham mais 250 anos porque a gente da paróquia de Salir de Matos está à altura do desafio.

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